Vídeo: Hospital Jaraguá usa realidade virtual para humanizar tratamento de crianças e adolescentes

Arthur Correa Massaneiro foi um dos pequenos pacientes que aprovaram a novidade | Foto Divulgação/HMJ

Por: Elissandro Sutil

28/02/2020 - 05:02

O Hospital e Maternidade Jaraguá lançou nesta quinta-feira (27) o projeto de realidade virtual no Pronto Atendimento (PA) infantil da entidade.

A proposta é humanizar o atendimento de crianças e adolescentes entre 3 e 13 anos com a ajuda da tecnologia. Para isso, o hospital adquiriu, com recursos municipais, cinco equipamentos de realidade virtual.

“Vamos usar os óculos de realidade virtual no momento da realização dos procedimentos, por exemplo, na hora de uma punção venosa, de um curativo, de uma sutura”, explica a coordenadora do PA, Taís Fernanda Gregol Bassni.

Os óculos de realidade virtual imitam a visão humana e projetam para quem os utiliza um vídeo com áudio, que pode ser de qualquer cenário imaginável. A sensação para quem usa é realmente de estar em outro lugar, diferente do real.

No Hospital Jaraguá, o vídeo projetado é uma animação, onde a abelha Sabine explica para a criança tudo o que está acontecendo durante o procedimento.

“Ela vai contando o que acontece. ‘Ah, agora espera um pouquinho, você vai sentir uma picadinha, é rapidinho, já vai passar’. Então a abelinha vai interagindo com a criança no momento do procedimento”, descreve a coordenadora.

A ideia é aliviar a tensão da criança, que na maioria das vezes surge antes mesmo do procedimento.

De acordo com artigos pesquisados pela equipe do projeto, apenas tirarndo o foco do que está acontecendo, como deixar de olhar, já pode reduzir até 25% da dor.

“Pensamos em muitas ideias para humanização e optamos por usar a tecnologia em favor das crianças”, conta Taís.

Momento de descontração

Os óculos de realidade virtual foram adquiridos pelo hospital a partir de recursos gerenciados pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), de Jaraguá do Sul, por meio da inscrição e aprovação de projeto.

Foram investidos cerca de R$ 29 mil na compra dos cinco equipamentos, mais dois celulares e o desenvolvimento do vídeo.

“O projeto foi feito como a gente quis, escolhemos o personagem da abelha, a gente escolheu a punção venosa que é onde a criança mais chora. Cronometramos todo o tempo, então a abelinha vai dizendo para a criança as etapas na hora que acontecem”, diz Taís.

A ideia não é mentir para a criança, observa a coordenadora, dizendo que não vai doer, por exemplo.

“A abelinha deixa a criança mais segura e fala para ela que ela vai passar por aquilo mesmo, que a nossa ideia não é mentir, porque a criança precisa passar por isso. A ideia é que o momento aconteça de forma mais carinhosa, que tire um pouco esse peso, angústia, de dor”, ressalta.

A equipe do Hospital e Maternidade Jaraguá já testou a novidade entre os pequenos e o resultado foi de 100% de aprovação.

Em vídeo, os pacientes Arthur Correa Massaneiro, Lucio Henrique da Silva e Daniel Andre Tazzo contam suas experiências.

Assista ao vídeo

 

 

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