“Femusc e sua diversidade de gêneros”

Por: Nelson Luiz Pereira

23/01/2020 - 18:01 - Atualizada em: 23/01/2020 - 18:08

O nosso Femusc é uma autêntica amostra probatória de um país com a maior diversidade de gêneros, ritmos e cultura do planeta. A cada edição, o Femusc, que já é o maior festival-escola de música da América Latina, e um dos maiores do mundo, surpreende com inovações. O que estamos testemunhando agora, é uma regência que preserva sua identidade erudita, mas, seu palco mostra uma execução multigênero.

A Música Popular Brasileira (MPB) que, genuinamente, é um dos gêneros musicais mais apreciados nacional e internacionalmente, insere-se agora, dando um efeito especialmente harmonioso ao conjunto da obra. A MPB, surgiu nos idos da década de 60 como derivação da Bossa Nova dos anos 50. Influenciada por diversos estilos musicais, forjou uma de nossas principais identidades culturais. Portanto, é louvável a iniciativa e sensibilidade dos mentores do Femusc em avançar os horizontes dessa contagiante harmonia.

Sabem eles que, na universalidade da música, pode-se obter uma fina sintonia arranjando-se desde os clássicos mundiais até nossos clássicos domésticos misturados, Heitor Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Baden Powell, Mario de Andrade, Chiquinha Gonzaga, Noel Rosa, Pixinguinha, Arrigo Barnabé, João Gilberto, Vinícius de Morais, Mutantes, Tropicália, Hermeto Pascoal, Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Naná Vasconcelos, Tom Zé, Tom Jobim, Ivan Lins, Chico Science e tantos outros geniais.

Então, dessa mistura harmonizada, o que temos como resumo da ópera é um festival cuja gênese é democrática, isto é, de todos e para todos. Obras dessa grandeza, precisam e merecem ser vistas, ouvidas, sentidas, absorvidas e reconhecidas. Valorize, apoie, contribua.