“Bye bye 2019!”

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Por: Emílio Da Silva Neto

02/01/2020 - 14:01 - Atualizada em: 09/01/2020 - 16:56

Pedindo excusas ao “Clube do Blazer”* pela apropriação (sem autorização antecipada) do ‘Bye Bye 2019’ na titulação deste artigo, este articulista apresenta algumas reflexões sobre o simbolismo deste momento ímpar de cada ano (velho e novo).

Da longa história (e estória) do Cristianismo, com relatos e metáforas se revezando na Bíblia, o 25 de dezembro foi estabelecido como data simbólica do nascimento de Jesus Cristo.

Mas, então, por que o 1º de janeiro foi escolhido para simbolizar o início de um novo ano, se, também, nem se sabe o dia em que a Terra ‘nasceu’?

Segundo a história, a ideia de usar o 1º de janeiro foi de Júlio César, o imperador romano, cerca de 50 anos antes do nascimento de Jesus, substituindo outros calendários até então praticados, para coincidir com o dia de posse dos oficiais romanos eleitos.

Mas, mesmo com a popularização deste calendário (Juliano), algumas culturas continuam usando outras datas para marcar o início de seus anos.

De qualquer maneira, conta a história, que a igreja, na época medieval, considerando pagãs as comemorações de passagem de ano, determinou que o ano novo começaria no dia 25 de dezembro, para coincidir com o dia do nascimento de Cristo.

Só em 1570 (70 anos após o descobrimento do Brasil), o papa Gregório restaurou do 1º de janeiro como o primeiro dia do ano novo.

Independentemente da data do ano novo de cada cultura, ele sempre é comemorado com rituais, símbolos e superstições, tais como, no Brasil, usar roupa branca, comer lentilhas, pular sete ondas no mar, não comer aves que ciscam para trás, etc. Mas, afinal, servem para alguma coisa?

Segundo estudiosos, os rituais são importantes por carregarem o enorme poder simbólico de abrir e fechar os ciclos. Isto porque, a cada ciclo que termina, as pessoas sentem necessidade de fazer um balanço de pontos positivos e negativos, pessoais e profissionais, valendo tanto para crises, problemas e dificuldades do ciclo que termina quanto para projetos e sonhos que ficaram estagnados e precisam ser atualizados para o novo tempo que começa.

Ainda, segundo os estudiosos, todo mundo precisa fazer o balanço ao mesmo tempo, numa data convencionada, por causa da força simbólica do mundo todo se mobilizar em função disso, como que num gigantesco “mutirão de boas intenções” que se cria nesses momentos e que pode ser um belo “empurrãozinho” para o exame de consciência e “abraço” do ano vindouro.

Enfim, rituais de passagem, desde os nossos mais antigos ancestrais, respondem a necessidades básicas arquetípicas (costumes que dão sentido às histórias passadas entre gerações, segundo Carl Gustav Jung), pontuando a repetitividade que os homens têm à sua volta.

Estes rituais passam a todos uma sensação de controle sobre o próprio destino, valendo lembrar que a palavra francesa réveillon, que remete à ‘vigília’, ao ato de estar acordado, para receber o ano novo e livrar-se do ano velho.

A todos “ein Prosit für das neue Jahr” (um salve/viva ao ano novo), com saúde orgânica (fisiológica, mental e emocional) e profissional (fundamental para o bem-estar psíquico), consertando erros, fazendo diferente neste mundo disruptivo e desenvolvendo novas competências, tudo, enfim, para dar corpo e voz ao essencial: a esperança da prosperidade!

*Grupo de empresários, profissionais liberais e executivos, de Jaraguá do Sul, festejantes das viradas de anos, com happy hours em Balneário Piçarras.

 

Foto divulgação | Emilio da Silva Neto

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Emílio da Silva Neto

Dr.Eng. Industrial, Consultor/Conselheiro/Palestrante/Professor (*) Sócio da ‘3S Consultoria Empresarial Familiar’ (especializada em Processo Decisório Colegiado, Governança, Sucessão, Compartilhamento do Conhecimento e Constituição de Conselhos Consultivos e de Família). Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento

Curriculum Vitae: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4496236H3
Tese de Doutorado: http://btd.egc.ufsc.br/wp-content/uploads/2016/08/Em%C3%ADlio-da-Silva.pdf
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